O facto que leva a esta minha proposta:

Há uns tempos atrás, foi de forma escandalizada, que alguns assistiram e comentaram uma homenagem a Salazar feita em Santa Comba Dão, por mero acaso ou não num 25 de Abril.

A minha análise:

Se não fosse essa meia dúzia de iluminados que entenderam o caso como uma afronta à Democracia, ninguém tinha dado por isso. Os factos têm a importância que se lhes dão, e senhores com letra pequena, como são a maioria dos nossos políticos, é que deram a Salazar o

continuar a ler a propostaO facto que leva a esta minha proposta:

Há uns tempos atrás, foi de forma escandalizada, que alguns assistiram e comentaram uma homenagem a Salazar feita em Santa Comba Dão, por mero acaso ou não num 25 de Abril.

A minha análise:

Se não fosse essa meia dúzia de iluminados que entenderam o caso como uma afronta à Democracia, ninguém tinha dado por isso. Os factos têm a importância que se lhes dão, e senhores com letra pequena, como são a maioria dos nossos políticos, é que deram a Salazar o protagonismo que ele já tinha perdido; graças a eles durante algum tempo Salazar ressuscitou e quem sabe, trouxe saudades a alguns; sim, pois pelo que investiguei, afinal o homem foi o menos mau dos déspotas da nossa triste História.

O problema começa logo com a fundação do nosso País e monarquia; D. Afonso Henriques, veio de norte a sul do território a matar Mouros e sabe-se lá mais o quê, não respeitando quaisquer direitos de nada e de ninguém. O resultado desta sua ignóbil conduta são estátuas, nomes em avenidas e ruas em tudo o que é sítio de Portugal; os Reis seguintes trataram os portugueses e outros povos que não eram de sangue azul como escravos, saqueando, violando, executando pessoas de forma sumária e o prémio que lhes damos por isso são os seus nomes e imagens por todo o lado.

Que eu também saiba, os republicanos , não foi de forma democrática que assumiram o poder; foi através da conspiração e do assassinato, um mau exemplo e uma vergonha que deu aliás a Salazar todo o poder para ser quem foi.

A passagem do estado novo para a "Democracia", que ainda assim é o melhor sistema que temos tido, embora esta não seja um exclusivo de repúblicas, monarquias ou outros sistemas, também esteve quase a "descambar para o porcaria" mas lá se aguentou.

Para acabar com a "tourada" eu proponho que ninguém tenha direito a perpetuar-se através de estátuas ou nomes em placas toponímicas. Para que as homenagens sejam feitas pelo mérito, é nos livros e museus que as obras devem estar expressas e tornarem-se eternas.

Quanto às estátuas, ruas, avenidas etc, eu proponho algo que promova a imagem deste País, da flora, da fauna, ou da gastronomia..., ex: Av. da Chanfana, Rua do Cozido à Portuguesa, Travessa dos Jaquinzinhos, Praceta do Caracol, Lugar do Rancho à Minhota, Monte do Arroz de Lampreia, Largo do Bacalhau à Lagareiro, Viela do Leitão da Bairrada, etc, etc, etc,....ou ainda noutra vertente, Bairro do Pardal, Estátua ao Lince Ibérico, ao Gato do Telhado, à lagosta, Jardim do Manjerico ou das Tílias, Cascata do Grelo ou do Galo de Barcelos...

Portanto, ou moralizamos a coisa como proponho ou todos têm direito a ter estátuas, nomes em avenidas ou ruas sem que isso fira a susceptibilidade de ninguém.

Esta proposta teve origem numa troca de ideias com a minha filha, Adriana Carvalho, deverei até afirmar que este artigo é dela e este o meio de o tornar público.