A ideia da "cadeira" é um pouco caricata, mas sim... é totalmente injusto o rendimento mínimo (e afins) ser dado sem qualquer contrapartida ou retribuição. É certo que qualquer um de nós pode ter um percalço e enfrentar dificuldades inesperadas e por vezes sem resolução fácil ou num prazo de tempo aceitável e é também certo que em principio, todos nós ou os nossos pais já contribuíram para que possamos em tempo de necessidade ser ajudados pelo estado. Mas poder dedicar o tempo ao mais puro dos ócios, descansados que temos aquele valor garantido quer nos esforcemos que não façamos nada é contra-producente. A nossa capacidade de trabalho, a nossa capacidade intelectual funciona de forma similar a um músculo, se exercitado, desenvolve-se, se deixado por longos períodos em total repouso, atrofia. Quanto mais não seja por uma questão de continuadamente manter a pessoa "válida" (com competências e capacidades actualizadas) deveria ser obrigatório realizar qualquer tipo de actividade em prol da comunidade ou da entidade local (câmaras, juntas de freguesia, etc.). Além de manter a pessoa activa, iria também permitir que certas tarefas não tivessem que ser sub-contratadas e desta forma ir-se-ia minimizar o peso dos subsídios e apoios nos orçamentos das entidades com a contrapartida de não terem que além de "sustentar" os que precisam, terem que contratar quem trabalhe por eles. De certa forma os subsídios iriam ser um "vencimento indirecto" que seria pago a estas pessoas e não um mero apoio sem qualquer intervenção directa na reintegração das pessoas na sociedade activa.