Obrigar não. Mas contabilizar quem não vai, ou quem vota em branco! Nos resultados oficiais e - especialmente nos resultados divulgados nos média, não se REPRESENTA bem os que não votaram ou os que votaram em branco o inválido. Fala-se sempre na abstenção e discute-se a percentagem: mas depois faz-se uma repartição que faz equivaler os votos válidos a 100%. Isto obscura a verdadeira expressão dos cidadãos - porque como foi dito: não votar é uma posição, votar em branco outra, votar inválido outra. Estas posições devem aparecer lado ao lado com as percentagens em favor de tal e tal partido.

Discordo e deixo uma contra-proposta: Os media e os agentes políticos deveriam assumir o peso e as consequências da abstenção.
Se a abstenção existe, seja por preguiça ou desinteresse ou até mesmo como forma de protesto (sim, pode ser um protesto!) a responsabilidade política que a motiva também existe e deveria ser imputada em vez de ignorada por conveniência.

Não concordo com a ideia de voto obrigatória, não concordo com a ideia de voto em branco (ou nulo) como forma de pressão, a abstenção não é nenhuma forma de pressão sendo que essa é a desculpa de quem encontrou algo melhor para fazer com o seu tempo. Incentivos fiscais para ir votar é como comprar votos ao quilo.
O "direito ao voto" já foi bem mais valorizado que actualmente. É a liberdade que os nossos pais tanto falam e que alguns deram uma vida por.

A consequência prática de um vote em branco é a mesma de um voto nulo ou da abstenção. Nem sequer é mencionado convenientemente nas notícias. Não se refere… “existiram 10% de votos em branco de protesto”. A ideia é que o "Não me revejo em nenhuma das opções apresentadas" fosse mesmo uma cruzinha no boletim de voto e que se fosse o mais votado, iriam surgir consequências, como os líderes dos partidos que foram a votos não poderiam voltar a candidatar-se nessas eleições e fossem feitas novas listas. Os partidos estão cá para nos servir. Se não servem, venham outros