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30 Setembro 2009
O candidato socialista à presidência da Câmara do Funchal, Rui Caetano, apresentou uma proposta inovadora para impulsionar a criatividade e a produção artística no Funchal. Ela envolve um importante monumento histórico deixado ao abandono, devido à indecisão demasiado prolongada do actual presidente da Câmara. Felizmente, este também reconhece a importância patrimonial do edifício em causa, soubemo-lo apenas recentemente, quando confrontado com a proposta de Rui Caetano. Há,
continuar a ler a propostaO candidato socialista à presidência da Câmara do Funchal, Rui Caetano, apresentou uma proposta inovadora para impulsionar a criatividade e a produção artística no Funchal. Ela envolve um importante monumento histórico deixado ao abandono, devido à indecisão demasiado prolongada do actual presidente da Câmara. Felizmente, este também reconhece a importância patrimonial do edifício em causa, soubemo-lo apenas recentemente, quando confrontado com a proposta de Rui Caetano. Há, portanto, um ponto de partida consensual. Façamos então um breve esclarecimento sobre o valor histórico e cultural do edifício.
O Matadouro do Funchal é um projecto de linguagem modernista de finais dos anos trinta e concretizado em 1940, da autoria de Couto Martins e Miguel Jacobettey, outrora instalado no antigo Mercado de D. Pedro V, à Praça de S. Pedro.
É um edifício de puros volumes geométricos onde o racionalismo preside à concepção. As fachadas são ritmadas por amplas janelas que quebram a volumetria estanque do imóvel que é coberto por uma laje plana de betão armado.
A importância patrimonial do Matadouro é assim redobrada pelo que significou, e significa actualmente, o estilo arquitectónico que o identifica. De facto, o movimento modernista era uma corrente anti-fascista, que pugnava por uma arquitectura do seu tempo em oposição à arquitectura historicista, pseudo-regionalista e monumental simbólica do Estado Novo.
Os mentores do movimento moderno preocupavam-se com a função social do arquitecto e propunham uma arquitectura actual, tirando partido das novas tecnologias construtivas e uma redobrada atenção às pessoas que vão usufruir dos espaços. Uma arquitectura mais humana e mais redentora.
Posteriormente, informarei do conteúdo resumido da proposta propriamente dita de Rui Caetano e as interessantes diferenças na visão sobre o Funchal entre os dois candidatos, implícitas no debate sobre o Matadouro.