A câmara municipal deve apostar na reabilitação urbana e no fim das casas devolutas no centro histórico, mas não tendo em vista apenas factores económicos.
A reconversação de imóveis em equipamentos de apoio ao turismo deveria ser a excepção e não a regra nos centros históricos.

Apesar da constante pressão de funcionamento dos mercados é fundamental rever também factores sociais que, afinal, trazem tanto ou mais valor acrescido aos centros históricos das nossas cidades e vilas: condições para a fixação de população jovem, e dos aí trabalham e querem ajudar a dinamizar o seu tecido social, criando relações imprescindíveis de vizinhança que por si só também poderão gerar riqueza, segurança e dinamismo cultural ...

Infelizmente, este valor humano é cada vez mais sacrificado, já que estas populações vão sendo empurradas para os subúrbios, devido aos preços proibitivos dos imóveis gerados pela crescente especulação imobiliária, e pela falta de infrasestruturas básicas para o seu dia-a-dia nas zonas mais antigas.
Apelamos à definição de um programa de incentivo à reabilitação, que aplique uma política de controlo de preços de venda e valores de renda, nos imóveis a reabilitar nos centros históricos, com vista à fixação e rejuvenescimento da população.