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Micael Sousa

inovação

Combater a Corrupção pela Consciencialização

Combater a corrupção pela consciencialização e informação é uma alternativa que tem sido esquecida em Portugal. Chegou o momento de mudar!
02 Junho 2011
A corrupção em Portugal já faz parte da cultura instituída, está tão enraizada que dificilmente poderá ser reduzida ou combatida sem uma forte componente pedagógica, formal e informal. Por cá, condena-se a "grande corrupção", aquela que se relaciona com grandes quantias monetárias ou patrimoniais, no entanto, os casos da "pequena corrupção" e do pequeno clientelismo tendem a ser ignorados. Existe uma concepção minimalista da corrupção e uma incapacidade para analisar os   continuar a ler a proposta continuar a ler a proposta
A corrupção em Portugal já faz parte da cultura instituída, está tão enraizada que dificilmente poderá ser reduzida ou combatida sem uma forte componente pedagógica, formal e informal. Por cá, condena-se a "grande corrupção", aquela que se relaciona com grandes quantias monetárias ou patrimoniais, no entanto, os casos da "pequena corrupção" e do pequeno clientelismo tendem a ser ignorados. Existe uma concepção minimalista da corrupção e uma incapacidade para analisar os efeitos e impactos dos pequenos actos de corrupção. Há que de tratar e abordar todas as formas de corrupção, independentemente de se considerar “grande” ou pequena”. Eventos nefastos singulares de grande impacto serão, eticamente e quantitativamente, tão preocupantes como outros de pequeno impacto quando multiplicados por muitas ocorrências. No entanto, a corrupção impede contribui para o enfraquecimento da democracia e para que fique por se conseguir verdadeiramente a ideal igualdade de oportunidades entre cidadãos.

Assim, surge a necessidade de intervir na sociedade como um todo, mas especialmente junto dos mais jovens, de modo a incutir boas práticas sociais - as práticas da transparência, da ética, da integridade e da empatia social. Este modo de abordar e combater a corrupção seria verdadeiramente inovador em Portugal, até porque é um modo de prevenção nunca verdadeiramente tentado, podendo ser trabalhado e melhorado para uma implementação prática consequente. Usando o já antigo ditado popular “prevenir é o melhor remédio”.
Para isso há que começar a desenvolver projectos de intervenção, a implementar nas escolas e noutros espaços educativos, com metodologias activas, que despertem a consciência das crianças e jovens para os malefícios da corrupção e, ao mesmo tempo, disseminem valores e as boas práticas sociais e pessoais da ética, transparência e integridade.
Teriam de ser criadas também campanhas de divulgação para a consciencialização e informação dos cidadãos. A intervenção junto da população em geral poderá ser também interactiva, promovendo a participação activa e não somente a vertente passiva. Podendo isso ser feito através de concursos lúdicos/culturais, de criatividade ou de intervenção e voluntariado, mas pensando também em spots e mensagens mais directas a serem transmitidas pelos Media tradicionais e outros.
Exemplos semelhantes de intervenção junto dos mais jovens foram já experimentados com sucesso, de notar o exemplo da defesa e consciencialização para a causa ambiental, já para não falar da segurança rodoviária, saúde pública e individual, etc. Foi o Estado, e outras entidades públicas e privadas, a reforçar a intervenção para a mudança de comportamentos para atitudes “mais verdes”, tendo os jovens sido os alvos preferenciais. E foram esses jovens posteriormente que influenciaram e contribuíram para a alteração dos comportamentos e atitudes das suas próprias famílias, num claro contributo até para o reforço dos laços familiares e empatia social.
Já junto das populações em geral tem sido, vezes sem conta, feito campanhas de sensibilização para o ambiente, e muitas outras áreas, à semelhança do que tem sido feito nas escolas. Mas no que toca à corrupção, não se conhecem em Portugal exemplos disso.

Estas e outras ideias surgiram do Movimento Anti-Corrupção, movimento cívico informal que tem tido acção e intervenção nas redes sociais, nos Media, em eventos públicos e junto de outras associações cívicas. O movimento pode ser conhecido em: http://www.movimentoanti-corrupcao.blogspot.com. Fica também a sugestão da petição online criada pelo Movimento Anti-Corrupção: “Petição Combate à corrupção através da consciencialização, informação, formação e educação”, disponível para ser lida e assinada em http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N3298.

Não se pode perder mais tempo. Quanto mais tarde se começar a fazer prevenção pela consciencialização pior. Quanto mais tempo nada se fizer neste sentido pior se agravará a corrupção, especialmente em tempos de crise e convulsões sociais.

ver actualização ver actualização de dia 08 de Junho de 2011, às 8h41

Só para esclarecer que não se está a falar em despenalizar a corrupção, muito pelo contrário. Primeiro há que informar e formar para depois penalizar com infringiu. Não podemos fazer uma coisa sem outra e em Portugal a prevenção pela consciencialização nunca foi tentada. Será indiscutível que precisamos de mais educação para a cidadania e para o divulgar de mais valores e diferentes atitudes individuais e sociais. Um dos aspectos de uma melhor cidadania é a capacidade para se imiscuir e, pela sua acção cívica, o cidadão contribuir para diminuir, na prática e nas práticas, a corrupção. Muitas vezes falta também condenação social efectiva. Não nos podemos esquecer que a corrupção acontece porque há quem esteja disposto a concretiza-la. Diminuindo as vontades diminuem-se os casos. São vários os estudos que referem a falta de informação e consciencialização como razões, directas ou indirectas, para o perpetuar das práticas de corrupção. Não esquecer que corrupção não se refere apenas aos grandes casos.
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Erradicar é utópico. Temos de ser realistas, caso contrário nunca nada se poderá fazer para melhorar. Não basta só saber que "é feito", há que pensar "é inaceitável". Ai está toda a diferença. Se se faz, é porque seguramente continuar a ler o comentário
Erradicar é utópico. Temos de ser realistas, caso contrário nunca nada se poderá fazer para melhorar. Não basta só saber que "é feito", há que pensar "é inaceitável". Ai está toda a diferença. Se se faz, é porque seguramente quem faz não considera que seja assim "tão feio". Uma questão de ética.

Micael Sousa 08 Junho 22h29

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Mantenho a minha opinião. Para quê diminuir quando se pode erradicar. Para quê pedir e andar a dizer "olha isso é feio" quanto toda agente sabe que é feio. Só se faz porque não há penalização, ou melhor, não existem é processos anticorrupção. continuar a ler o comentário
Mantenho a minha opinião. Para quê diminuir quando se pode erradicar. Para quê pedir e andar a dizer "olha isso é feio" quanto toda agente sabe que é feio. Só se faz porque não há penalização, ou melhor, não existem é processos anticorrupção. Quanto maior fôr o poder dado a uma pessoa, maior será a tentação de usar esse poder a seu proveito.(ponto final)
E essa pessoa sabe que é errado mas molda os eu pensamento para que ache a sua atitude justificável.
Vou dar um simples exemplo. Nos exames de condução. O examinador possui todo o poder para passar ou reprovar o examinando. E não ha contestação que o examinando possa fazer. Ora, isto leva a que se possa tirar mais valias como aceitar gorjetas se o examinando quer passar, caso contrário arranja-se maneira de ele reprovar. Agora, se o aluno antes de ir a exeame assinasse um papel onde é informado dos seus direitos, e se o exame fosse gravado. Para onde é que ia o poder do examinador? Desaparecia. Não ha poder, não há corrupção. Aqui está um exemplo de um sistema processual anti-corrupção.
Ia adiantar muito dizer ao examinador que é feio fazer o que eles fazem. Ia, ia.

Ricardo Araújo 08 Junho 20h49

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Mas Ricardo, ninguém está a falar em despenalizar a corrupção, muito pelo contrário. Primeiro há que informar e formar para depois penalizar com infringiu. Não podemos fazer uma coisa sem outra e em Portugal a prevenção pela consciencialização nunca continuar a ler o comentário
Mas Ricardo, ninguém está a falar em despenalizar a corrupção, muito pelo contrário. Primeiro há que informar e formar para depois penalizar com infringiu. Não podemos fazer uma coisa sem outra e em Portugal a prevenção pela consciencialização nunca foi tentada. Será indiscutível que precisamos de mais educação para a cidadania e para o divulgar de mais valores e diferentes atitudes individuais e sociais. Um dos aspectos de uma melhor cidadania é a capacidade para se imiscuir e, pela sua acção cívica, o cidadão contribuir para diminuir, na prática e nas práticas, a corrupção. Muitas vezes falta também condenação social efectiva. Não nos podemos esquecer que a corrupção acontece porque há quem esteja disposto a concretiza-la. Diminuindo as vontades diminuem-se os casos. São vários os estudos que referem a falta de informação e consciencialização como razões, directas ou indirectas, para o perpetuar das práticas de corrupção. Não esquecer que corrupção não se refere apenas aos grandes casos.

Micael Sousa 08 Junho 8h41

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Isso é quase a mesma coisa que permitir o uso de armas e depois dizer: Olha, não uses isso para fazer mal. Sê um bom menino. Há uns que vão ser, há outros que não, como é óbvio!!!!! Óbvio!!!!!!

Ricardo Araújo 07 Junho 23h04

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Na empresa onde trabalho, não é permitido aceitar "prendas" acima de um certo valor. As prendas aceites abaixo desse valor são todas doadas no final a associações de cariz social. Quem aceitar prendas acima do valor estipulado é despedido. Quem preterir um candidato continuar a ler o comentário
Na empresa onde trabalho, não é permitido aceitar "prendas" acima de um certo valor.
As prendas aceites abaixo desse valor são todas doadas no final a associações de cariz social.
Quem aceitar prendas acima do valor estipulado é despedido.
Quem preterir um candidato a favor de outro por outros motivos que não o mérito, é despedido.
...
Há pouco tempo, a propósito do julgamento num caso de corrupção, um ministro dizia que não era influenciado no momento da decisão por ter recebido uma prenda.
Duvido que seja o caso e mesmo que seja, preferia que a recusasse ou que se demitisse.

J.Pereira 02 Junho 23h59

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